Coragem, mude, mude, mas comece devagar
Porque a direção é mais importante do que a velocidade
Sente-se em outra cadeira, dê os seus sapatos velhos
Procure andar descalço alguns dias
Indômito, vômito do extinto
Calote, quinto andar, na falta do artigo quinto
155 e a fumaça abençoa o recinto
Vai, trap é meu pinto
Apto como um cacto, rápido tipo um crítico
Ácido, meio cítrico, tipo ponto de impacto
Clássico, no mínimo máximo respeito
Daquele jeito
Minha versão final já tá no rascunho
Desenho minha alma a punho
É o que eu tenho, cadê o amor, caralho?
Eu tô na missão de juntar gente onde me espalho
Um por amor, dois pastel, caldo viçosa
W3 da manhã, 400 mili versos
Poetas são efêmeros, poetas são eternos
Eu vou atrás do som até no quinto dos internos
E o rap ainda resiste
Entre o skate no bancário e o crack no Conic
No fone, Speedfreaks e um samba da Elza
Dissipo com a fumaça, eu vou junto com a névoa
Relâmpago e trovão, é o som que sai do céu
Não zanga com zangão, sem ferrão não existe mel
Céus, o que foi que aconteceu?
É o bote da casca
É o bote da cascavel, é o bote da cascavel
Tem que ter casca grossa, é o bote da cascavel
Well well, well well, well well, well well
É o bote da casca, é o bote da casca
É o bote da cascavel, é o bote da cascavel
Tem que ter casca grossa, é o bote da cascavel
Well well, well well, well well, well well
É o bote da casca
Mas não vem dizer que rap não tá tendo
Isso é o veneno puro suco
Caldo do suprassumo, fere o tribunal supremo
Não vem dizer que meu som é produto, não tô vendendo
Eu tô trocando pelo afeto de quem não pensa no lucro
Em algum espaço ocupando tempo
Antes que meu tempo passe, eu só ocupo espaço
Andando descalço, eu vou
Enquanto eu tiver gás, Deus ilumine os rolamento
Well, well, é o bote da cascavel
Tem que ter casca grossa, é o bote da cascavel
Well well, well well, well well, well well
É o bote da casca, é o bote da casca
É o bote da cascavel, é o bote da cascavel
Tem que ter casca grossa, é o bote da cascavel
Well well, well well, well well, well well
Não gostou chama o síndico, paz