Um Moi de Vento

Não tente
 Não tente ver sentido na imensidão
 Porque as coisas são como elas são
 Não tente saber mais do que seu coração
 Eu venho
 Venho me banhar em uma cachoeira
 Pra que todas estrada e toda poeira
 Não apaguem a estrela de uma vida inteira
 Que as águas
 Que as águas escuras do velho Goiás
 Afoguem minhas mágoas e os meus ideias
 E que carreguem as certezas que eu não quero mais
 Tomo cuidado de não despertar outro dia
 Levo notícias das margens do tempo
 Em minhas mãos vazias
 Trago nas costas as marcas do açoite
 Levo a vingança na boca da noite
 Para comê-la fria
 Enquanto espero a onda tardia
 Quebrar
 ♪
 Enquanto espero a onda tardia
 Quebrar
 Não tente
 Não tente ver sentido na imensidão
 Porque as coisas são como elas são
 Não tente saber mais do que seu coração
 Eu quero
 Quero dar ato do algoz o dissabor
 De não ouvir a minha voz quando eu gritar de dor
 De não me ver chorar quando eu morrer de amor
 Tomo cuidado de não despertar outro dia
 Levo notícias das margens do tempo
 Em minhas mãos vazias
 Trago nas costas as marcas do açoite
 Levo a vingança na boca da noite
 Para comê-la fria
 Enquanto espero a onda tardia
 Quebrar
 ♪
 Enquanto espero a onda tardia
 Quebrar
 ♪
 Enquanto espero a onda tardia
 Quebrar
 ♪
 Enquanto espero a onda tardia
 Quebrar
 ♪
 Enquanto espero a onda tardia
 Quebrar